Um mês de silêncio em homenagem à retirada da minha botinha. Preferi nem falar nada, só pra não ter que reclamar. Ainda há inchaços e ainda estou caxingando um pouco (a cada dia menos, graças aos deuses) é verdade, mas isso é muito leve frente ao peso do gesso retirado...
Foi muito estranho andar "direito" depois de 48 (!!!) dias. Para dar o primeiro passo tive que respirar fundo e fingir que não era eu. Pra minha surpresa, nem o primeiro passo e nem os seguintes não doeram. Quer dizer, não sei bem. O pé estava meio dormente do aperto do gesso, então sentia uma coisa, que acho que não era dor.
Como disse, ainda estou caxingando, a cada semana bem menos do que na outra, e menos ou mais de acordo com o tipo de sapato. Os inchaços continuam, andando eu muito ou não. Mas dor, dor mesmo, não sinto mais. Um pontadinha ou outra de vez em quando, mas nada demais. E não é muito confortável ficar de pé por muito tempo também.
Apesar de tudo, só fiquei de fato chateada com uma coisa. Minha perna! A parte inferior da perna, do joelho pra baixo, também estava inchada. Isso ocorreu porque o gesso estava apertado e minha perna também acabou retendo líquido. Dizendo eu, foi isso. Mas hoje nem dá mais pra perceber, embora ainda esteja um pouquinho inchada. Já até voltei a usar vestido!
Nos ossos fraturados já formaram os esperados calos ósseos! Falarei da fisioterapia que ainda não comecei a fazer nos próximos capítulos.
De toda a experiência, muita aprendizagem. Me resta muito pouco da falsa sensação de auto-suficiência. Aliás, esse assunto merece uma postagem só para ele (em breve!).
No geral estou bem, a vida voltou ao ritmo normal.
Tudo passa... até essa dor. Passerà, prima o poi...